sábado, 26 de setembro de 2009

HERDADE DO PORTOCARRO - COLHEITA 2005



Região: Terras do Sado
Produtor: José da Mota Capitão
Enólogo: Paulo Laureano

A Herdade do Portocarro, nome ainda desconhecido por muitos, nasceu de um sonho que José da Mota Capitão logrou tornar realidade.
Trata-se de um homem interessante, simpático e genuíno com quem tive o prazer de conversar no passado Essência do Vinho 2009.
A forma envolvente e apaixonada como falava dos seus vinhos fez com que me interessasse ainda mais por este projecto, tendo até, por breves momentos, conseguido transportar-me para a sublime região francesa da Borgonha e os seus típicos petits vignerons.
Esta herdade situa-se no Torrão, terra de feição alentejana mas formal e administrativamente pertencente ao distrito de Setúbal.
São assim vinhos produzidos nas Terras do Sado, beneficiando de uma suave brisa vinda do oceano atlântico.
O projecto é ainda recente, tendo as primeiras vinhas sido plantadas em 2002, em local onde anteriormente residiu uma várzea de arroz.
José da Mota Capitão escolheu sete castas tintas para alimentar o seu sonho, Aragonês, Alfrocheiro, Touriga Franca, Touriga Nacional, Cabernet Sauvignon, Petit Verdot e a italiana, grande responsável pelos vinhos de Chianti – Sangiovese.
A partir destas castas, a Herdade do Portocarro proporciona-nos três excelentes vinhos tintos, distintos no seu perfil e segmento, mas idênticos na qualidade e irreverência com que se apresentam.
A colheita de que aqui vos vou falar é a de 2005, ano em que José da Mota Capitão nos presenteou com promissoras novidades.

HERDADE DO PORTOCARRO 2005
Castas: Aragonês (30%), Alfroucheiro (30%), Cabernet Sauvignon (30%), Touriga Nacional (5%) e Touriga Franca (5%).
Teor Álcool: 14%

Um lote sedutor que aproxima este vinho da tipologia característica dos vinhos alentejanos.
Apresenta uma densa cor granada e no nariz seduz pelas suas notas de fruta madura, algo compotada, onde se destacam ainda as notas a madeira, o couro e um ligeiro balsâmico.
Na boca mostra-se elegante, com boa estrutura e taninos redondos. Termina de forma especiada, harmonizando lindamente com pratos condimentados.

CAVALO MALUCO 2005
Castas: Touriga Franca (45%), Touriga Nacional (45%) e Petit Verdot (10%).
Teor Álcool: 14%

“Cavalo Maluco (Crazy Horse) foi um grande chefe Sioux que resistiu à ocupação e destruição das terras e cultura do seu povo, permanecendo fiel aos seus valores e códigos de honra, pelos quais deu a vida. Uma personalidade potente e intensa, indomável e irreverente, mas também sensível, gracioso e elegante, como este vinho que assume o seu nome. Um vinho que é uma força da natureza e que presta homenagem a todos os "Cavalos Malucos", apaixonados e desassombrados, que pensam pela sua cabeça e trilham o seu caminho, com paixão pela diferença. Cada ano de Cavalo Maluco presta homenagem a uma personalidade que se identifica com este espírito. Esta primeira edição de 2005 é dedicada ao meu Pai, Luiz da Mota Capitão.”

De cor negra, retinta mesmo, com reflexos de púrpura, este vinho revela um nariz exuberante onde ressaltam de imediato as frutas pretas, mas também a menta, algum tabaco e muita erva aromática.
A madeira está bem presente mas faz-se notar de forma controlada, não prejudicando em nada a sua memorável panóplia de aromas.
Acidez firme, com taninos bem presente mas muito refinados.
Este elixir possui um final quase interminável, revelando, ao longo de uma refeição, e à medida que o tempo e a oxigenação se vão desenrolando, nuances sempre novas e inolvidáveis.

ANIMA L5
Castas: Sangiovese (100%)
Teor Álcool: 14%

A sua cor é de um rubi escuro e o seu aroma intenso e profundamente sedutor.
A sua fruta negra, a lembrar amoras, cerejas e mirtilos em nobres compotas, manifesta-se na dose certa.
A tosta da barrica mostra-se muito elegante e bem integrada com o chocolate e as notas balsâmicas que se sentem ao fundo.
Na boca mostra-se delicado, com bom corpo e deliciosamente cremoso. Os seus taninos são redondos e muito seguros.
Estamos inquestionavelmente perante um vinho bastante complexo e detentor de uma elegância aristocrática.

quinta-feira, 24 de setembro de 2009

PINTAS 2001

Região: Douro
Produtor: Wine & Soul, Lda
Enólogo: Jorge Serôdio Borges
Castas: vinhas velhas com castas tradicionais misturadas
Vol. Alcool: 14,5%
P.V.P.: +/- € 100,00 (se houver)

Agradeço a deus e quiça ao destino, o privilégio de me ter cruzado com este sumptuoso néctar, oito anos após a sua colheita.
O seu aroma cativante e envolvente, fez-me de imediato adivinhar que estava perante um vinho profundo e misterioso.
O seu nariz está profusamente marcado pelas frutas negras, carnudas e maduras, perfeitamente misturadas com as notas de cacau e café que também se fazem mostrar de forma não menos tímida.
Como que a fechar este extasiante conjunto de aromas, aparecem ainda agradáveis sensações balsâmicas e um ligeiro toque mentolado a conferir ainda maior complexidade ao seu conjunto.
Em suma, o seu fruto preto não poderia estar melhor harmonizado com a profundidade da sua madeira.
Avançando de forma algo respeitosa e cerimoniosa para as suas sensações de boca, trago a trago, ia-me deliciando com a sua grande estrutura e notável acidez.
Um vinho cheio mas fresco, macio mas com garra, suportado por uma exemplar textura de taninos redondos e reconfortantes.
O seu final é muito longo, opulento e poderoso.
Uma colheita inaugural de grande nível, que com grande Pinta me encheu a alma.
O jus ao nome estava indubitavelmente confirmado e o já proclamado vaticínio de um grande futuro, inquestionavelmente compreendido.
Este vinho foi elaborado a partir de uma variedade de castas tradicionais, encepadas em vinhas velhas, com mais de 70 anos.
As uvas foram sujeitas a uma apertada selecção, quer na vinha, quer na chegada aos lagares, desengaçadas e pisadas a pé durante toda a fermentação alcoólica.
O estágio e a fermentação maloláctica teve lugar em barricas de carvalho francês, parte delas novas e a outra parte com mais de um ano.
O resultado manifestou-se de forma contundente, revelando a mestria de um então muito jovem enólogo.
Um Senhor Grande Vinho, que nos transporta de uma forma magistral e divina para a monumentalidade da região que lhe serviu de berço – o Douro.


domingo, 20 de setembro de 2009

QUINTA DO AMEAL LOUREIRO 2008

Região: Vinhos Verdes
Produtor: Quinta do Ameal
Enologia: Pedro Araújo.
Castas: Loureiro.
Teor Álcool: 11,5%.       
P.V.P: +/- € 6,00.


A Quinta do Ameal situa-se no concelho de Ponte de Lima, mais propriamente na ancestral freguesia de Refóios do Lima.
Esta belíssima quinta, nas margens do rio Lima, tornou-se conhecida nos últimos anos sobretudo pela sua aposta na casta Loureiro, uma das mais emblemáticas da região dos vinhos verdes.
O processo de produção inclui a selecção criteriosa das melhores uvas, fermentação a temperaturas controladas, engarrafamento e rotulagem automáticos na propriedade.
Este Quinta do Ameal Loureiro é um vinho extreme da casta Loureiro, produzido na sub-região do Lima e em solos graníticos.
Provém de uma vinha de 12 hectares exclusivamente plantados com esta casta, a qual é cultivada de acordo com os mais rigorosos princípios biodinâmicos.
Apresenta uma cor amarela pálida, de aspecto límpido e brilhante.
O seu nariz mostra-se frutado, com boas notas florais e citrinas, onde ressaltam, as limas e as ameixas brancas, com flores brancas pelo meio.
Não obstante as suas fortes componentes frutadas e florais, os seus toques minerais são também bastantes evidentes.
Na boca apresenta um corpo médio, com uma bolha finíssima.
Trata-se de um vinho delicado, com muito boa frescura e uma acidez bem integrada que não sobressai em demasia como acontece em muitos vinhos verdes.
O seu final é médio mas muito elegante.
A casta Loureiro aparece aqui em todo o seu esplendor, sendo este vinho um excelente exemplo das potencialidades desta magnífica casta minhota.

sábado, 19 de setembro de 2009

DOURO - COVELINHAS. As minhas origens. Onde tudo começou...


VILLA MARIA SAUVIGNON BLANC PRIVATE BIN 2008


País: Nova Zelândia                
Região: Marlborough                    
Produtor: Villa Maria
Enólogo: Nick Picone
Castas: Sauvignon Blanc
Graduação: 13,5%
P.V.P: +/- € 12,00

Pese embora não sinta grande empatia pela casta Sauvignon Blanc, reconheço e enalteço as qualidades deste produtor, a cujos vinhos não consigo ficar indiferente.
De cor amarela esverdeada, este vinho revela-se aromaticamente exuberante e intenso.
No nariz ressaltam de imediato as suas notas de fruta tropical, tal como maracujá, manga e lichias.
Não obstante a sua evidente tropicalidade, as suas componentes alimonadas e vegetais também se fazem sentir, lembrando até uma certa dose de erva molhada e de espargos verdes.
Na boca mostra-se algo gordo, untuoso e intenso, com uma acidez vibrante e um final de boca muito fresco, elegante e persistente.
Definitivamente um excelente representante da expressividade que esta casta atingiu no chamado Novo Mundo. Um vinho a não perder…!

sexta-feira, 18 de setembro de 2009

ALVARINHO SOALHEIRO 2008


Região: Vinhos Verdes
Produtor: António Esteves Ferreira
Enólogo: António Luís Cerdeira
Castas: 100% Alvarinho
Graduação: 12,5%
P.V.P.: +/- € 8,00

Alvarinho Soalheiro é um vinho produzido na região vitivinícola dos Vinhos Verdes, sub-região de Melgaço, exclusivamente a partir da casta Alvarinho.
O nome deste vinho tem origem na excelente exposição solar da parcela de vinha com a mesma designação.
Apresenta uma cor citrina, cristalina e algo esverdeada.

Destaca-se pela sua forte complexidade gustativa, possuindo um nariz muito atractivo, com sugestões essencialmente cítricas (lima, limão) e florais, onde se destacam as tílias e a flor de laranjeira.
Não obstante, a sua componente mineral e os seus leves mas bem presentes toques tropicais, não deixam também de se querer manifestar.
Na boca revela-se fresco, intenso e volumoso. A sua acidez viva e bem integrada transforma-o num vinho, harmonioso, sedutor e explosivo.
As nuances frutadas do seu aroma estão intrinsecamente associadas à sua grande persistência e elegância de sabor.
Alvarinho Soalheiro é uma revelação clara de um terroir único, com provas dadas quanto à sua genial capacidade de envelhecimento.
A casta Alvarinho é a rainha desta casa, sendo, aliás, a única casta plantada. Os solos são graníticos, estando as vinhas encepadas a baixas altitudes, onde as temperaturas favorecem a maturação.
Ano após ano, a Quinta de Soalheiro tem vindo a afirmar-se como uma grande referência nacional no que concerne a vinhos brancos de elevada qualidade, acumulando já variadíssimos prémios nacionais e internacionais.
A colheita de 2007 deste Soalheiro Alvarinho, foi o grande vencedor do Essência do Vinho 2009, na categoria de vinhos brancos.

quinta-feira, 17 de setembro de 2009

TERRAS D'UVA ROSÉ 2008


Região: Alentejo
Produtor: Henrique Uva - Herdade da Mingorra.
Enólogo: Pedro Hipólito.
Castas: Aragonês.
Graduação:12,5%
P.V.P: +/- € 3,00              

Este vinho rosado integra actualmente a gama de entrada deste produtor, situação que em nada prejudicou a sua qualidade, tendo inclusivamente sido objecto de um recente "make up" muito bem conseguido.

Este vinho extreme da casta Aragonês, possui uma cor viva e um nariz onde os aromas a frutas vermelhas, como os morangos e as framboesas estão bem presentes, assim como um ligeiro toque de vegetal ao fundo a conferir-lhe uma certa "finesse" e profundidade.

Na boca revela-se volumoso, com taninos ligeiros, boa frescura e uma acidez subtil mas muito correcta. 

O grande destaque deste vinho reside, na minha opinião, no seu magistralmente bem controlado grau de doçura: suficientemente doce para fazer dele um rosé, mas insuficientemente doce para o tornar enjoativo como acontece na maioria dos vinhos rosados disponíveis no mercado.

Este vinho configura, efectivamente, o estilo de rosés que mais aprecio, com a vantagem de ser uma espécie de campeão nacional no que ao requisito da qualidade/preço diz respeito.

No que concerne às suas aptidões gastronómicas, demonstrou ser bastante versátil, harmonizando bem com a generalidade dos petiscos típicos de  verão e até mesmo com certos pratos mais simples, tal como algumas massas e frango assado.

terça-feira, 15 de setembro de 2009

TERRAS DO DEMO - ESPUMANTE BRANCO 2007


Região: Távora-Varosa 
Produtor: Adega Cooperativa do Távora
Enólogo: Jaime Brogo
Castas: Malvasia Fina
Grau Alcool: 12,5%
P.V.P: +/- € 9,00


Porque de verão ainda me apetece falar, e com ele aparecem os inevitáveis vinhos espumantes, falo-vos de um vinho que se apresenta para mim como o melhor espumante português da actualidade dentro deste patamar de preços - cerca de € 9,00 a garrafa.
Costumo chamá-lo de Dom Pérignon dos pobres, tal a sua qualidade e beleza da garrafa.
Só de olhar para ele até me sinto a beber o famoso néctar francês que o dito monge inventou!
Elaborado exclusivamente a partir da casta Malvasia Fina, este espumante, considerado um bruto suave, tem vindo a conquistar inúmeros adeptos, atenta a acidez controlada e bem estruturada de que beneficia.
Não obstante possuir uma bolha abundante e possante, não se revela minimamente agressivo,  sendo aromaticamente muito agradável, delicado e persistente.
Degustado com mariscos diversos e jantares de tapas variadas, revelou  ser gastronomicamente polivalente.
Como welcome drink é sempre muito bem vindo! Um must de verão...

segunda-feira, 14 de setembro de 2009

QUINTA DE GOMARIZ - LOUREIRO 2008


Recém chegada das praias e planícies do nosso caloroso Sul, e já numa breve passagem pelo Minho, também conhecido por região dos Vinhos Verdes, ocorre-me falar de um vinho que se revelou um excelente "parceiro" deste verão e que tanto sucesso fez entre os meus amigos.
Em tempos de crise, torna-se imperioso falar de vinhos onde a relação qualidade/preço se mostra absolutamente imbatível e em nada prejudica os seus quesitos de qualidade.
Nas grandes superfícies o preço deste vinho ronda os € 4,00.
Falo-vos do QUINTA DE GOMARIZ LOUREIRO 2008.
Obtido exclusivamente a partir da casta loureiro, este vinho apresenta um cor citrina brilhante e um nariz que respeita e valoriza os registos típicos e deliciosamente florais da casta.
Na boca mostra-se equilibrado, muito fresco e vibrante, graças a uma certa bolhinha natural e persistente.
Óptima companhia para peixes magros, mariscos mais simples e....piscinas!
Este produtor foi o grande vencedor do concurso Vinhos Verdes 2008, arrecadando quatro medalhas de ouro, uma de prata e uma de bronze.
Um excelente loureiro!

quinta-feira, 10 de setembro de 2009

ALFARAZ BRANCO COLHEITA SELECCIONADA 2008


Região: Alentejo
Produtor: Henrique Uva - Herdade da Mingorra
Enólogo: Pedro Hipólito
Castas: Antão Vaz e Verdelho
Teor Alcool: 14%                       
P.V.P: /- € 6,00


A casta verdelho, sendo uma das mais antigas castas portuguesas é também uma das mais controversas, face aos problemas de identidade e de toponímia de que tem sido alvo. 

Tendo sido uma casta desprezada durante vários e longos anos, é bastante aprazível verificar que os produtores portugueses estão a prestar-lhe cada vez mais atenção e a apostar forte na sua plantação e vinificação. 

O Alfaraz Branco Colheita Seleccionada, produzido por Henrique Uva - Herdade da Mingorra, com base nas castas Antão Vaz (20%) e Verdelho (80%), tem demonstrado ser um vinho onde a frescura e a acidez sobressaem de forma notável.

A fermentação teve lugar em barricas novas de carvalho francês, em câmara frigorífica, seguida de batonnage durante 3 meses.

O estágio em barrica conferiu-lhe uma certa complexidade, sem que porém lhe tenha anulado a exuberância de toda a fruta tropical que se lhe reconhece.

Boca intensa, onde se fazem também sentir notas vegetais bastante atractivas, com final longo e persistente.

Muito bom vinho e com uma excelente relação qualidade/preço.

quarta-feira, 9 de setembro de 2009

DR. VON BASSERMANN-JORDAN FORSTER JESUITENGARTEN RIESLING TROCKEN 2004



Sendo o clima alemão um clima gélido, com a consequente dificuldade de maturação das uvas, o solo onde as vinhas estão implementadas e a sua exposição solar assumem características muito mais importantes do que a própria região.
Jesuitengarten é uma das vinhas mais famosas de Pfalz.
A importância e valor destas vinhas é de tal maneira grande que muitas vezes elas são partilhadas entre vários produtores.
Jesuitengarten situa-se na zona norte de Pfalz, na continuação da região francesa Alsaciana, beneficiando ainda da proteção dos Montes Vosgues, o que faz com que chova menos e se obtenha uns graus de temperatura média acima das outras regiões.
Este vinho é, efectivamente, dos melhores Riesling que já alguma vez tive o privilégio de degustar.
Não obstante os cinco anos de existência, este vinho revela-se ainda muito jovem, fazendo advinhar uma capacidade de evolução absolutamente genial.
Notas típicas da casta como, p. ex., o ligeiro gás de isqueiro que já se faz sentir, marcam definitivamente o seu bouquet.
A sua notável frescura e a sua elevada acidez, bem integrada e nada exagerada, fazem-se notar na boca, bem como, a sua componente mineral e frutada.
Contudo, as suas apregoadas notas de evolução estão ainda longe de se fazer sentir.
E suma, um riesling de excelente qualidade para se beber agora ou esperar por mais uns anos...haja paciência!

terça-feira, 8 de setembro de 2009

AMANTIS BRANCO 2007 – VINHOS DONA MARIA


Vinho dedicado aos Amantes dos Néctares de Baco.

Produzido e engarrafado por Júlio Bastos (Estremoz). AMANTIS, significa, em latim – “aquele que ama".

Em honra do amor de D. João V por Dona Maria, Senhora da Corte a quem o Rei ofereceu aquela Quinta, onde hoje em dia são vinificados os vinhos que têm o seu nome.

Vinho Regional Alentejano produzido na Quinta Dona Maria através, predominantemente, da casta Viognier.

Apresenta uma bonita cor dourada com laivos esverdeados.

No aroma encontram-se notas de madeira bem integrada com fruta como a manga, a laranja e a pêra.

Na boca o seu toque é sedoso, realçando o seu bom volume, equilíbrio e acidez firme e elegante.

Cremoso e amanteigado, tem-se revelado um branco harmonioso e muito longo.

MADRIGAL BRANCO – VIOGNIER 2007


Estamos perante um vinho da Estremadura, produzido na Quinta do Monte D’ Oiro por José Bento dos Santos.

Possuí um aroma com notas a frutos tropicais, sem esquecer os clássicos pêssego e melão.

Num estilo fresco, fino e delicado, este Viognier não nega porém a sua génese untuosa e com bastante corpo.

Mostra assim algum peso na boca, está envolvente e gordo, meloso mas bastante equilibrado e com final muito longo e persistente.

Enfim, um vinho branco português de inegável excepção!

VIOGNIER – Uma Uva de Carácter Especial


A Viognier é uma espécie de uva branca cultivada há séculos em França, de onde é autóctone, particularmente, da Côte du Rhône.
Nos anos 70 foi praticamente excluída dos vinhedos franceses e da respectiva produção de vinhos, mas nos anos 80 voltou a “entrar na moda” e a ser novamente reconhecida como uma da mais nobres castas brancas do mundo.
No copo, a uva Viognier tem uma coloração amarelo-palha, com leve reflexo esverdeado.
Revela ainda óptimos aromas frutados, mormente, a pêssego e a melão, com um leve defumado e uma discreta lembrança a frutos secos.
Funciona lindamente com alguns pratos de mariscos mais corpulentos, diversos pratos de bacalhau e, em especial, com pratos confeccionados à volta do salmão.
As notas clássicas da uva Viognier estão bem patentes no seu aroma, nas suas já referidas nuances de pêssego e flores de laranjeira, por vezes também complementadas com notas de ananás.
A generalidade dos vinhos Viognier apresentam-se gordos na boca, bastante sedosos e com uma estrutura e complexidade que fazem deles, muitas vezes, uns excelentes brancos de inverno.

QUINTA DO PORTAL BRANCO – 2008


Parceiro do meu jantar Algarvio de hoje, revelou-se um excelente acompanhante de ostras ao vapor, ameijoas à bolhão pato e um bem confeccionado arroz de ligueirão.

Estamos perante um blend duriense composto por Rabigato, Malvasia Fina, Gouveio e Viosinho.

Trata-se de um vinho jovem e aromático, com excelente estrutura e um final de boca firme e prolongado.

Revela notas de vegetal verde no aroma e o seu perfil, sendo acessível e discreto, é também bastante evidente.

A acidez bem estruturada está bem presente e será certamente um parceiro ideal para uma mesa composta por peixes e mariscos.

Um vinho para se beber fresco e enquano novo.

segunda-feira, 7 de setembro de 2009

MARQUÊS DE RISCAL BRANCO (VERDEJO) - 2007


A BODEGA HEREDEROS DE MARQUÉS DE RISCAL é uma empresa pioneira do sector vitivinícola espanhol.

Em 1858 tornou-se a primeira bodega da tradicional região espanhola de Rioja Alta, onde se elaboram vinhos segundo métodos bordaleses.

Foi também a primeira bodega impulsora da Denominação de Origem Rueda, onde hoje se elaboram os famosos vinhos brancos de MARQUÉS DE RISCAL, o untuoso sauvignon blanc e o gastronómico verdejo.

O branco RISCAL RUEDA 2007, VERDEJO, destaca-se pela sua frescura e apresenta uma boa aptidão gastronómica.

De Cor citrina suave, este vinho evidência um aroma a frutas frescas, como o limão e as maçãs ácidas.

Na boca vale essencialmente pela acidez bem integrada que possui mas revela-se um pouco curto no final.

KRACHER BEEREAUSLESE - 2005, BURGELAND, AUSTRIA



KRACHER BEEREAUSELESE – ÁUSTRIA.

Produzido por Alois Kracher, um dos mais famosos produtores da Áustria:
Este vinho de “podridão nobre” é elaborado através das castas chardonnay (80%) e riesling (20%).

Sendo considerado o gênio dos vinhos doces austríacos, Kracher produziu este Cuvée Auslese, com elevada percentagem de açucar residual (por isso se trata de um Beerenauslese) o qual possuí um sabor intenso e marcante.

Na boca é leve, profundo e revela uma óptima acidez.
Tratando-se do vinho base deste produtor, demonstra porém ser um vinho de uma enorme empatia e extremamente complexo.

Muito evidente nas frutas é, contudo, bastante elegante e delicado.
Excelente relação qualidade/preço.