No passado dia 14 de Setembro, no magnífico Hotel AcquaPura
Douro Valley, teve lugar uma prova vertical de alguns dos vinhos da Quinta do
Vale D. Maria.
À prova estiveram o Porto Vintage, colheitas 1999 a 2009 e os
tintos Quinta do Vale D. Maria, colheitas 1996 a 2010 e o CV (Curriculum Vitae),
colheitas 2003 a 2010.
A Quinta Vale D. Maria fica no coração do vale do Torto, um dos afluentes do Douro, tem cerca de 40 hectares e pertence há mais de 200 anos à família da mulher de Cristiano Van Zeller, um dos mais reconhecidos viticultores durienses.
A Quinta Vale D. Maria fica no coração do vale do Torto, um dos afluentes do Douro, tem cerca de 40 hectares e pertence há mais de 200 anos à família da mulher de Cristiano Van Zeller, um dos mais reconhecidos viticultores durienses.
Sandra Tavares da Silva é a responsável pela equipa de enologia,
contando com a vasta experiência de Cristiano na elaboração do blend final.
Os vinhos falam por si, expressando não só a sapiência de quem os
elabora, como também as qualidades excepcionais do terroir que lhes serve de
berço.
A prova iniciou-se pelo Quinta do V. Dona Maria. Ano após ano,
este tinto tem vindo a afirmar-se, consistentemente, como o grande porta-estandarte
da casa. De forma notável, este tinto exibe sobriedade, austeridade e
elegância, características muito difíceis de conciliar.
Impressionante a sua colheita de 1996. Já um pouco evoluído na
cor, como seria de esperar, este vinho mostrou uma frescura e uma acidez
absolutamente eximias. Com taninos perfeitos e uma graduação de apenas 12%,
conseguiu provar, de forma irrefutável, não serem necessárias grandes
graduações para se conferir longevidade a um vinho.
Referências especiais são ainda devidas ao 2004 que, apresentando-se
algo duro à entrada, revelou-se um vinho sublime e cheio de pujança, ao 2006
que sendo proveniente de um ano muito difícil no Douro, se mostrou cheio de
personalidade e afinação e ao 2007, repleto de elegância e delicadeza.
De seguida passou-se à prova de todas as colheitas engarrafadas do
CV, iniciais que significam Curriculum Vitae, mas que curiosamente são também
as iniciais de Cristian Van Zeller.
Assumindo-se como os topo de gama da casa, os CV nasceram abençoados.
São vinhos magníficos no porte e na textura. Profundos e complexos, estes tintos
cativam pela sua enorme expressividade, genuinidade e finura.
Especial referência ao 2005, musculado, desenvolto e com uma
acidez refrescante, o 2008, frutado, equilibrado e harmonioso e o 2009, cheio
de vivacidade, frescura e uma vida promissora pela frente.
A prova terminou com os seus fantásticos e prodigiosos Porto
Vintage. O Vinho do Porto corre nas veias de Cristiano Van Zeller. Faz parte integrante
do seu código genético e corresponderá quiçá à parte mais significativa do seu
imaginário infantil.
Desta relação umbilical só poderiam nascer Vintages com elevada concentração, exuberância e intensidade.
Destaque especial para o impressionante 2003. Muito especiado,
este Vintage mostrou-se bastante fresco e sedutor.
O 2008 mostrou uma estrutura e uma acidez absolutamente magistrais e o 2009 revelou-se muito comunicativo, com a fruta em bom plano e um final interminável. Vintages eloquentes, fulgurosos, com nervo e fio condutor.
O 2008 mostrou uma estrutura e uma acidez absolutamente magistrais e o 2009 revelou-se muito comunicativo, com a fruta em bom plano e um final interminável. Vintages eloquentes, fulgurosos, com nervo e fio condutor.
Foi efectivamente uma prova memorável, mas que mais não veio
demonstrar senão o facto dos vinhos da Quinta do Vale D. Maria pertencerem não
somente ao santuário dos vinhos portugueses, como também ao grupo restrito dos
vinhos com classe mundial.
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