sábado, 24 de outubro de 2009

QUANTA TERRA - COLHEITA SELECCIONADA 2006


Região: Douro
Produtor: Quanta Terra
Enólogo: Celso Pereira e Jorge Alves
Castas: Touriga Nacional (65%), Tinta Barroca (20%), Touriga Franca (13%) e Sousão (2%)
Teor Álcool: 15%
P.V.P.: +/- € 17,00
Estranho me parece que o projecto Quanta Terra continue a ser um ilustre desconhecido para a generalidade das pessoas. Efectivamente, quando questionadas, a maioria das pessoas que abordo confessam-me desconhecer por completo estes vinhos.
Felizmente, o mesmo não se passa junto dos maiores apreciadores dos vinhos nacionais, que já se aperceberam que estamos perante uma casa capaz de produzir grandes vinhos, de uma forma transversal e com uma das melhores relações qualidade preço praticadas na região em causa – o Douro.
O projecto Quanta Terra nasceu do esforço e empenho pessoal de Celso Pereira e Jorge Alves, dois homens profundamente experientes e conhecedores deste especial terroir, das suas condições climatéricas, dos seus solos, da ideal exposição solar das vinhas, inclinações, altitudes, castas, etc..
Todo este conhecimento e dedicação só poderia conduzir à enorme qualidade com que estes vinhos nos presenteiam.
Ainda longe das luzes da ribalta, estes meritosos vinhos e este consistente projecto - Quanta Terra, acabarão, seguramente, dentro de pouco tempo, por alcançar o seu merecido lugar ao sol.
Pese embora o ano 2006 não tenha sido um ano de boa safra, pelo menos no que ao Douro diz respeito, este Quanta Terra Colheita Seleccionada apresenta-se de forma muito correcta e afinada, exibindo uma cor granada bastante intensa.
No nariz, revela-nos, desde logo, as suas frutas bem maduras, seguidas de suaves notas balsâmicas, devidamente acompanhadas por uma madeira bem presente mas muito equilibrada, com os seus toques fumados e até algum tabaco à mistura, a conferir uma grande concentração e complexidade ao seu arranjo final.
Na sua prova de boca, mostrou possuir muito bom corpo, com uma textura cheia mas assaz delicada, taninos redondos e acetinados, com sensações de menta e chocolate a marcarem também a sua presença.
O seu final é longo, persistente e de grande finura.
Estamos seguramente perante um tinto bem coeso, que impressiona pela sua enorme profundidade e pelo qual poderemos ainda esperar algum tempo, atenta a longevidade que se lhe adivinha.           
Nota: 17                                               Olga Cardoso 



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